quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

PRONTO... FALEI!

Quando se chega ao ponto que estabelecemos como limite, dificilmente a situação muda. Porque quando chega no máximo do que se suporta... é que a situação posta é tão sólida e tão contumaz. Por mais que você queira acreditar no diferente, parece (e é) impossível.
Acho que o nome já diz tudo né: LIMITE. Não passa dali. É o máximo da tolerância, do que se suporta, do que quer e do que pode fazer. Tô errada?
Quer qualidade de vida? Cale a boca e viva a sua!!
E Vou dizer uma coisa... quando o limite é emocional a "coisa" fica preta.
O problema é que a gente tem se concentrado tão pouco em nós mesmos que mal percebemos que temos nossas convicções, nossos valores e aprendizados violentados diuturnamente. A gente engole sapos demais. Seja pra tentar suportar a vida que tem ficado muito amarga, seja pra fingir que é possível tolerar aqueles que só nos desejam o fim... e o fazemos só pra não causar um mal-estar.
Esse é o ponto: evitamos o mal-estar na roda de amigos, na reunião de família, no ambiente de trabalho, na sala de aula, mal maior fazemos a nós,  saímos de lá com aquele frio no coração, aquele vazio de alma, pensando o quão pobres de amor próprio nós somos. Deixamos pessoas que nem sabem de onde viemos nem pra onde vamos se deleitaram com menoscabos que deveriam servir a si próprias. Esquecemos de "peitar" o mundo e defender o que esse mundo nos fez. Sim, porque somos hoje, resultado do que o universo quis de nós. Somos efeito das brincadeiras de criança, das primeiras dores de amor, dos sustos, alegrias, saltos e sobressaltos. Aí chega alguém, que não sabe a vida que te construiu, que não te viu cair, levantar, crescer, agregar, encorajar, ser encorajada. Alguém que não te viu ficar de castigo quando menor, estudar madrugadas a fio para o vestibular, ser aprovada. Chegam pessoas que não sabem  o quanto nossos pais vibraram de alegria e orgulho ao nos "conferir o grau" com um diploma universitário. Da emoção do filho no colo, da vida que virou do avesso porque algumas pessoas não sabem que você tem a exata idéia do que é ser companheira. Pessoas que não tem noção do que você fez pra chegar a ser o que é. Tem gente que abre a boca como se destampasse uma fossa pra dizer o que não sabe! Para propagar o mal!
Sabe essas pessoas!? Vão continuar sem saber quem somos. Porque são pequenas, escrotas e mesquinhas que acreditam num mundo onde o centro chama-se umbigo, o próprio (claro)!
Como eu disse, esquecemos de defender quem somos. Tá errado! Nos deixamos violentar justamente por esses tipinhos.
Por que 2012 não pode ser o ano do "eu me amo, porque eu sei quem sou"? Portanto, não posso, não quero e não vou deixar ninguém tentar dizer que sou menos.

Fica a dica!



"Minha desgraça, não, não é ser poeta,
Nem na terra de amor não ter um eco,
E meu anjo de Deus, o meu planeta
Tratar-me como trata-se um boneco..." - Álvares de Azevedo